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HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DA ARTROPLASTIA

HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DA ARTROPLASTIA

Até o início do século passado, a perspectiva de operar a articulação do quadril assustava até os cirurgiões mais ousados. Antes da introdução da anestesia como a conhecemos hoje, e das técnicas de assepsia dos materiais e antissepsia do paciente, a taxa de sucesso de qualquer operação dessas era tão pequena que as raras tentativas se restringiam, como último recurso, a casos graves de trauma ou infecção.

A introdução da anestesia, em 1847, permitiu que se pudesse realizar cirurgias com mais calma e precisão, entretanto o problema persistiu porque os pacientes continuavam a morrer: agora, não mais de dor, mas de infecção pós-operatória.

Lister, em 1865 introduziu os métodos e conceitos de antissepsia (cuja definição é diminuir ao máximo o número de germes naquele ambiente) e assepsia (cuja definição é a de matar todo e qualquer germe que possa existir em um determinado ambiente) que perduram até os dias de hoje. Assim, ocorreu drástica redução da taxa de infecção em cirurgias como um todo; quando mais e mais cirurgiões perceberam a importância dos cuidados com a infecção cirúrgica, as técnicas antissépticas propagaram-se por todo o mundo.

Halsted introduziu as luvas de borracha nas operações assim como o desenvolvimento da “técnica de não tocar”, ou seja, manipular minimamente a região cirúrgica.

O desenvolvimento da cirurgia no quadril foi intimamente associado ao tratamento da tuberculose. Com exceção do trauma e de infecções dentro da articulação, a tuberculose era a maior indicação para a intervenção cirúrgica até que fosse desenvolvido o antibiótico para combatê-la, que somente veio a ocorrer nos anos subsequentes a segunda guerra mundial portanto, muito tempo depois. Foram as sequelas da tuberculose nas crianças daquela época, aliás, que influenciaram o desenvolvimento de técnicas para intervenção no quadril infantil.

O tratamento cirúrgico de fraturas agudas e desviadas, bem como de fraturas antigas não-consolidadas da região do quadril dependeu ainda do desenvolvimento dos raios-x, descobertos em 1895 por Roentgen, recurso que até então nem sequer existia. Para piorar, não existiam materiais para fixação interna de nenhum tipo, muito ao contrário das placas, parafusos e próteses atuais.

Com a lenta melhora na expectativa de vida depois da primeira guerra mundial, ocorreu também aumento da população com doenças crônicas das articulações: até então, nem sequer se vivia tanto tempo (vide expectativa de vida em diferentes países até algum tempo atrás (Figura 1) para termos alterações articulares. Este aumento na demanda pelo alívio da dor e solução de problemas articulares levou ao desenvolvimento de operações novas, como as osteotomias (corte e reposicionamento do osso para alterar sua biomecânica) e as artroplastias (substituição da articulação natural por outra, artificial).

Mesmo que o início da cirurgia do quadril tenha sido no século 19, a grande evolução ocorreu no século 20. Muitos dos médicos e pesquisadores que contribuíram com esse desenvolvimento e sucesso ainda são vivos, o que demostra como esse progresso é recente.

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